domingo, 2 de outubro de 2011

Relatório do estágio de observação do curso letras Proª Roª Rosangela daCosta

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCHIII
JUAZEIRO/CASA NOVA
CURSO/SEMESTRE: LICENCIATURA EM LETRAS – 2011.3
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA AÇÃO PEDAGÓGICA III
PROFESSORA: ROSANGELA DA COSTA CASTRO
ALUNA: IVETE BRAGA FERREIRA
  

















RELATÓRIO DE ESTÁGIO










CASA NOVA/BA
OUTUBRO DE 2011

 



IVETE BRAGA FERREIRA














RELATÓRIO DE ESTÁGIO

                                                                                                



Relatório de Estágio em Língua português apresentado a professora orientadora Rosangela da Costa Castro como requisito para avaliação da disciplina de Fundamentos da Ação Pedagógica III.



CASA NOVA/BA
OUTUBRO DE 2011
















“O interesse pela transformação social em
sala de aula, contudo, envolve
essencialmente o modo de como os
professores e, especificamente, o de línguas
concebe a natureza da linguagem e da identidade social. E um aspecto fundamental
em curso de educação de professores de
línguas.”
Moita Lopes



 
INTRODUÇÃO

O Estágio é um momento de fundamental importância no meio no processo de formação profissional. Constitui-se em um treinamento que possibilita ao estudante vivenciar o que foi aprendido na Faculdade e testando-lhes o nível de consistência e o grau de entrosamento. Por meio dele, o estudante pode perceber as diferenças e exercitar sua adaptação ao mercado de trabalho. O estágio de observação é o primeiro contato que o aluno-professor tem com seu futuro campo de atuação. Por meio da observação, o licenciando poderá refletir sobre e vislumbrar futuras ações pedagógicas. Assim, sua formação tornar-se-á mais significativa quando essas experiências forem socializadas em sua sala de aula com seus colegas, produzindo discussão, possibilitando uma reflexão critica, construindo a sua identidade e lançando, dessa forma, um novo olhar sobre o ensino.
A disciplina de estágio é obrigatória nos cursos de formação de professores, e sua proposta inicial é colocar o futuro educador em contato com o contexto real da escola. Portanto, o estágio é a ponte de acesso entre a teoria adquirida no espaço da universidade e a prática pedagógica na escola. Essa integração entre teoria e prática permite ao estagiário perceber as especificidades e as dimensões da realidade escolar em relação com a sua contextualização social.
O estágio é um espaço privilegiado de questionamento e investigação onde a aproximação do aluno estagiário com o docente da escola não é apenas para verificação da aula e do modo de conduzir a classe, mas é também para pesquisar a pessoa do professor, seu ingresso na profissão, a forma como conquistou seus espaços e como vem construindo sua identidade profissional ao longo dos anos.










DESENVOLVIMENTO

Inicialmente, durante o período que realizei a observação da prática docente, da disciplina na referida Escola, achei um pouco difícil, pois de certa forma é constrangedor, você está dentro de um ambiente que não é seu, aliado ao fato do professor não gostar de ser observado, pois para muitos docentes, uma observação em sua sala, efetiva-se em uma vigilância, pois temem criticas sobre o seu trabalho.
Na sala de aula que realizei a observação, presenciei uma docente comprometida com o ensino, engajada em suas atividades e sempre buscando melhorias para seus alunos, procurando sempre desenvolver atividades condizentes com a realidade dos mesmos. A clientela era formada de adolescentes entre 15 a 20 anos, cada um com seu modo de assistir as aulas, alguns despreocupados com o assunto e outros demonstrando interesse em assimilar os conteúdos explanados pela docente. 
Ser professora de Língua Portuguesa é buscar sempre inovações. Deve-se ler realizar comentários e correção dos textos produzidos pelos alunos e também das suas próprias dificuldades em atingir seus objetivos diante de plano de aula.
A presença de outra pessoa naquele momento, na sala de aula, não trouxe constrangimentos para a turma nem para a docente, pois os alunos a questionavam a todo o tempo e ela esclarecia sempre com bastante segurança, o que é positivo, especificamente para o ensino de Língua Portuguesa.
De acordo com a professora regente, suas aulas são ministradas com um planejamento feito em conjunto com os demais professores da mesma área. A mesma afirma que o planejamento funciona como um guia de orientação e esse determina o êxito da ação docente. Seguindo assim uma elaboração dos planos de aula a partir das necessidades dos alunos em consonância como os conteúdos sugeridos pelos PCN’s.
Segundo Vasconcellos (2000) o conceito de planejar fica claro, pois: “Planejar é antecipar mentalmente uma ação ou um conjunto de ações a ser realizada e agir de acordo com o previsto. Planejar não é, pois, apenas algo que se faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo que se pensa.” (p.79)
            È comum quando ouvimos falar em planejamento, também ouvimos falar sobre flexibilidade, que necessita ser característica essencial do planejar, mas por outro lado, segundo Vasconcellos (2000, p.159), há uma questão que precisa ser levado em consideração pelo planejador: “Estamos aqui correndo o risco de duas tentações extremas: de um lado, o planejamento se tornar o tirano da ação, ou de outro, se tornar um simples registro, um jogo de palavras desligado da prática efetiva do professor.”
             O planejamento está presente em nosso dia-a-dia, mesmo que implícito, como o caso da pessoa que, ao levantar-se pela manhã, pense no seu dia, no que vai acontecer ao longo dele. Podemos dizer que o planejamento de ensino é a especificação do planejamento de currículo. Consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar os objetivos educacionais proposto.
            O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação

Nesta definição podemos perceber que os autores preocupam-se em especificar que tipo de planejamento educacional visa, sobretudo, enfatizar o papel como formador de opinião e acima de tudo capaz de ser o criador de sua história. Então se entende que a escola tem um importante papel na formação e no desenvolvimento do homem.

O planejamento segundo Libâneo (1994, p.222) tem grande importância por tratar-se de: “Um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social”.
 Adentrando no conceito de planejamento e da importância dessa metodologia Libâneo (1994, p.222) ainda salienta que:
“A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulários para controle administrativo, é, antes, a atividade consciente da previsão das ações político-pedagógico, e tendo como referência permanente ás situações didáticas concretas (isto é, a problemática social, econômica, política e cultural) que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que integram o processo de ensino”.
            Em se tratando da importância da metodologia de ensino, a professora regente afirma ser importante, pois contribui para que as aulas tornem-se estimulantes, tornando o ensino-aprendizagem mais satisfatório.
De acordo com Libâneo (1994, p.225): “O professor serve, de um lado, dos conhecimentos do processo didático e das metodologias específicas das matérias e, de outro, da sua própria experiência prática”.
O docente, a cada nova experiência, vai assim criando sua didática, e com isso, enriquecendo sua prática profissional e, também, ganhando mais segurança, sendo que agindo dessa forma, o professor acaba usando o seu planejamento como fonte de oportunidade de reflexão e avaliação da sua prática.
Ao falar do processo avaliativo, ela considera os aspectos cultural, social e econômico. Utilizando assim métodos compatíveis com as dificuldades apresentadas, buscando metodologias que favoreçam o aprendizado dos alunos com dificuldades. Sabendo que os maiores desafios e dificuldades apresentadas são a falta de material didático para o desenvolvimento do trabalho docente e de compromisso da sociedade com a educação, principalmente a família.
Para atualizar-se no exercício do magistério participar de capacitações e seminários, buscando enriquecer-se de práticas e metodologias que facilitem e ajudem a participação dos alunos em sala de aula.
Segundo Luckesi (1998), a avaliação do aproveitamento escolar precisa ser praticada como uma atribuição de qualidade dos resultados da aprendizagem dos alunos e percebida como um ato dinâmico, que precisa ter como objetivo final uma tomada de decisão que vise a direcionar o aprendizado para o pleno desenvolvimento do educando. Essa visão é ampliada, quando se considera que "avaliar é ser capaz de acompanhar o processo de construção de conhecimento do educando, para ajudar a superar obstáculo"
 É impossível falar de avaliação do processo ensino-aprendizagem sem falar no processo como um todo. A avaliação da aprendizagem escolar se faz presente na vida de todos os que estudam, pois, de alguma forma, estão comprometidos com atos e práticas educativas. É uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente, a qual perpassa todo o processo.
De acordo com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Brasil, 1996), a avaliação do rendimento escolar do aluno deverá observar os seguintes critérios:
Contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado (Brasil, 1996)
A prática da avaliação escolar vem sendo criticada, pois na maioria das escolas, os professores se preocupam em avaliar através de testes, ou provas para obter uma nota, quando o aluno vai alem da nota obtida. Percebe-se que a avaliação define-se como um ato de aplicar provas para classificar o aluno.
Assim, acredito que não são apenas os instrumentos usados que caracterizam uma avaliação como tradicional, conservadora ou autoritária, mas principalmente as formas como esses instrumentos são usados e avaliados. Por outro lado, a burocracia escolar e a dinâmica curricular, são instâncias pedagógicas, cuja responsabilidade de organização cabe aos professores, na sua autonomia de profissionais da educação.
 Concluindo, avaliação é um processo que possibilita um ganho enorme para o processo ensino e aprendizagem, uma vez que, tanto o aluno e a instituição escolar envolvidas, terão a possibilidade de corrigir os seus rumos, melhorando a eficiência e a eficácia do ensino em geral.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Estágio de observação é um momento da realização de diagnóstico local, verificando como ocorre à prática e a rotina escolar. Nesse momento, temos a chance de verificarmos como se constrói um espaço de produção de conhecimento sobre a prática pedagógica desenvolvida no cotidiano da escola pública, através de um processo criador e inovador, de análise e de reflexão, nos aproximando da realidade da escola, a fim de que possamos compreender melhor os desafios que deveremos enfrentar no momento da prática do estágio e até mesmo, do trabalho, de forma crítica e consciente.
É o momento de conhecermos os alunos, suas dificuldades, peculiaridades, anseios, de conhecer como a escola se organizam para receber estes alunos, de verificar qual postura deveremos ter ao estagiar, ao realizar a regência. Foi um momento único, do qual tenho certeza que irá fazer parte de minha vida profissional, como, mas uma experiência boa e agradável!
Para que o Estágio Supervisionado torne-se um agente contribuidor na formação do professor e em sua prática pedagógica, é necessário que o professor coordenador e o licenciando o vejam como um instrumento de vivência da teoria. Não é suficiente somente a participação no curso, por meio do cumprimento das diversas atividades propostas. É preciso que o aluno-estagiário vá para as escolas com o objetivo de fazer um estudo da instituição e, a partir do que foi ensinado no curso, desenvolva ações que possam intervir de forma significativa no processo de ensino e de aprendizagem.



REFERÊNCIAS

BRASIL, MEC/SEESP O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular / Ministério Público Federal: Fundação Procuradora Pedro Jorge de Melo e Silva (organizadores) / 2ª ed. rev. e atualiz. . Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, 2004.
LIBÂNEO, José Carlos, Didática. São Paul. Editora Cortez. 1994.
 LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez, 1998.
 VASCONCELLOS, Celso dos S: planejamento Projeta de Ensino-Aprendizagem e Projeto político-Pedagógico Ladermos Libertad-1. 7º Ed. São Paulo, 2000.








Um comentário:

  1. Ola, gostaria que você me desse uma dica de como fazer o meu projeto de observação, pois preciso apresentar a professora e queria ter uma noção.

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